Campanha inédita: Luz recolhe 18 mil embalagens de defensivos agrícolas
Ao todo, exatas 18.010 embalagens de defensivos agrícolas foram entregues no ponto de recolhimento itinerante, montado no Parque de Exposições da cidade, nos dias 27 e 28 de janeiro.
Produtores rurais de quatorze municípios do Centro-Oeste de Minas participaram de uma ação, considerada inédita na região e realizada no município de Luz. Ao todo, exatas 18.010 embalagens de defensivos agrícolas foram entregues no ponto de recolhimento itinerante, montado no Parque de Exposições da cidade, nos dias 27 e 28 de janeiro.O projeto de recolhimento de embalagens é idealizado pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) e pela Associação de Preservação Ambiental de Minas Gerais (Apamig) que, juntamente com prefeituras e instituições locais, recolhem toneladas de material ofensivo à natureza.
Prefeito Agostinho entrega muda de ipê ao proprietário Davi Chaves, simbolizando o respeito de todos à natureza. A ação de doação de mudas de ipê para os produtores foi iniciativa da Secretaria de Meio Ambiente, por meio da equipe do Horto Municipal.Em Luz, a ação teve apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Agricultura e Meio Ambiente, e também do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), da Emater, do Sicoob Crediluz, da Cooperativa e do Sindicato dos Produtores Rurais de Luz e da Apraluz.
Daniel Nascimento, presidente da Apamig; Evilásio Bahia, presidente do Sindicato Rural de Luz; Agostinho, prefeito de Luz; Mozart Basílio, secretário Municipal de Meio Ambiente e Agricultura“Esse projeto itinerante tem como objetivo promover a conscientização de agricultores, estabelecimentos comerciais e cooperativas quanto ao descarte ambientalmente correto dos recipientes. Nós queremos rodar todo o estado com essa ação”, explica Daniel Nascimento, presidente da Apamig.
Na opinião do secretário de Meio Ambiente, Mozart Basílio, conscientização e educação caminham juntas com a fiscalização e o controle, por meio da educação sanitária. “Fortalecemos nossa economia e protegemos nossa saúde, com esse movimento de sinergia que garante desenvolvimento rural sustentável”, destaca.
Cerca de 120 produtores rurais, vindos de 14 municípios, entregaram embalagens vazias de defensivos agrícolas no Parque de Exposições de Luz.Elcília Paulinelli, agente de desenvolvimento local, conta que a ação, montada no Parque de Exposições, foi ponto para recebimento de embalagens tríplice-lavadas e inutilizadas e de produtos vencidos. “O agrotóxico é uma tecnologia essencial para manejar pragas, doenças e plantas espontâneas que acometem nossa agricultura. O debate e o esclarecimento de informação junto ao setor produtivo, a partir de estudos técnico-científicos, é sempre oportuno e imprescindível para a promoção do desenvolvimento sustentável”, pontua.
Davi Chaves, um dos produtores rurais de Luz que aderiram à campanha itinerante de recolhimento de embalagens
Minas Gerais possui seis centrais e mais de 50 pontos de recebimento de embalagens de agrotóxicos em diferentes regiões. Esses postos funcionam durante todo ano e recebem os vasilhames de produtores e revendedores. As centrais são responsáveis por encaminhar o montante recolhido para a indústria de reciclagem e reaproveitamento. Atualmente, o Estado coleta mais de 90% dos recipientes.
Devolução e reciclagem
Para devolver as embalagens vazias, os produtores precisam realizar a lavagem tríplice dos recipientes. O primeiro passo é esvaziar completamente o conteúdo no tanque pulverizador; adicionar água limpa até ¼ do seu volume; tampar o vasilhame e agitá-lo durante 30 segundos; despejar a água no tanque pulverizador e repetir esta operação por mais três vezes. Após o procedimento, a embalagem deve ser inutilizada com perfuração no fundo.
Ao chegar às centrais, os recipientes recebem destinação adequada. Algumas embalagens passam pelo processo de reciclagem, retornando para o mercado como novos vasilhames. Em outros casos, são utilizadas como matéria-prima na fabricação de artefatos para a construção civil, como conduítes, tubulações, dentre outros produtos. Os reservatórios considerados inutilizáveis são encaminhados para a incineração.